A

pálpebra caída em adulto

, também denominada

ptose palpebral

, é uma condição que pode ter origem congênita ou adquirida. Em alguns casos, além do comprometimento estético, pode haver redução da visão, o que requer análise de um oftalmologista

especialista em ptose palpebral

. Em geral, relato que a pálpebra superior deve cobrir apenas de 1 a 2 mm da porção superior da córnea. Quando essas medidas são extrapoladas, pode haver peso sobre os olhos, posicionamento anômalo da cabeça ou dificuldade visual.


Pacientes acometidos pela ptose palpebral relatam como sintomas os olhos mais fechados, dificuldade para enxergar, perda de campo de visão superior e lateral e uso da musculatura da testa (músculo frontal) para abrir mais os olhos. No consultório da oftalmologista particular, também identifico que estes pacientes tem assimetria na altura da pálpebra em relação à pupila e o sulco palpebral profundo e assimétrico.

ptose palpebral

A Ptose Palpebral pode ser congênita ou adquirida ao longo da vida, como já comentei anteriormente. Agora, quais a causas para esta condição? As principais causas da pálpebra caída em adulto são:

  • Envelhecimento, com afrouxamento do tendão do músculo elevador da pálpebra superior;
  • Traumas ou cirurgias oculares;
  • Miopatia mitocondrial, miastenia grave, distrofia miotônica;
  • AVC ou traumatismo craniano;
  • Paralisia do nervo;
  • Tumores ou cicatrizes palpebrais;

O envelhecimento natural – acomete pessoas após os 60 anos – também é uma das principais causas da ptose palpebral. Coçar os olhos, o uso prolongado de lentes de contato e inflamação ocular crônica também podem levar ao afrouxamento do tendão do músculo, Como especialista em ptose palpebral, avalio e trato o problema da ptose palpebral em adultos.
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Na consulta, levanto a história completa, como idade de surgimento, variação da altura da pálpebra ao longo do dia, aparecimento súbito ou indolente para afastar causas como ptose congênita (miastenia gravis).


Na avaliação oftalmológica para diagnóstico da Ptose Palpebral é importante realizar o exame da pupila. Pupilas alteradas podem sugerir alterações. É importante avaliar a movimentação dos olhos para afastar, por exemplo, uma oftalmologia externa progressiva. Avalio a altura do sulco palpebral. Além disso é importante avaliar a presença de olho seco. Essas avaliações são importantes no pós operatório, para prevenir complicações corneanas.

Atenta-se também a avaliação da função do músculo levantador da pálpebra superior, que é o principal músculo responsável pela abertura dos olhos, pedindo para o paciente olhar para baixo e para cima e medindo a excursão da pálpebras com uma régua. Não esquecendo do outro músculo chamado de Mulle e que também ajuda na abertura dos olhos. Essas avaliações são importantes para definir as técnicas cirúrgicas. E por fim, como uma avaliação complementar, solicito um exame com o objetivo de documentar a presença de defeito de campo visual.

Elevação dos supercílios e sulcos horizontais na testa são alguns dos indícios da ptose palpebral, mas apenas um especialista em ptose palpebral poderá determinar com exatidão o quadro de pálpebra caída em adultos, além de indicar a melhor abordagem.

Outras verificações realizadas para diagnóstico:

  • Exame da motilidade ocular
  • Presença do reflexo de Bell – importante na proteção ocular
  • Função do músculo de Muller através do teste da fenilefrina
  • Presença de olho seco

O tratamento mais indicado quando diagnosticada a Pálpebra Caída em Adulto é, geralmente, cirúrgico. Entretanto, os riscos e benefícios envolvidos devem ser avaliados minuciosamente pelo especialista.


Quando do reparo da Aponeurose do levantador por via externa (anterior), a anestesia é local com internação e alta no mesmo dia. O procedimento é realizado através de uma incisão pelo sulco palpebral superior para identificar a aponeurose do músculo levantador da pálpebra superior. Com esta identificação, é feita a sutura da aponeurose na placa tarsal até obter a altura e o contorno desejado. A sutura da pele deverá ser mantida por aproximadamente 7 dias.

Agora quando o procedimento é de ressecção do músculo de Mulle por via interna (posterior) a anestesia também é local com internação e alta no mesmo dia. A incisão deste procedimento é feita pela conjuntiva, para dissecção da mesma e do Muller. A sutura da conjuntiva e do Muller na placa tarsal possui uma exteriorização do ponto para a pele. Neste procedimento, faz-se necessária a colocação de lente de contato terapêutica até a retirada da sutura em aproximadamente 14 dias.

Em relação aos cuidados com o pós operatório é orientado o repouso com cabeceira elevada nos primeiros dias, para diminuir os riscos de sangramentos. O uso de pomada e colírio (antibiótico) para diminuir os riscos de infeção, colírio e gel lubrificante para diminuir o risco de complicações corneanas, aplicações de compressas frias várias vezes ao dia nos primeiros dias – para diminuir o inchaço.


Como especialista em pálpebra caída em adulto, também ressalto que a pálpebra vai ficar mais inchada e roxa nos primeiros setes dias, e que o retorno ao trabalho pode acontecer em torno de cinco a sete dias dependendo da atividade da pessoa.

Na cirurgia por via externa, os pontos são retirados no consultório em torno de cinco a sete dias. Na cirurgia por via interna, retira-se os pontos e a lente de contato em torno de quatorze dias.

Caso 1: Ptose Adquirida, uma abordagem cuidadosa

Eu vou compartilhar com vocês o caso de um paciente de 45 anos que me procurou relatando que seu olho esquerdo estava ficando mais fechado em relação ao direito. Após um exame oftalmológico completo, necessário nesses casos de ptose palpebral adquirida para descartar possíveis causas neurológicas graves, chegamos ao diagnóstico de uma ptose senil, secundária a um processo inflamatório crônico nas pálpebras, mais acentuado no olho esquerdo.


Na imagem que apresento no vídeo, observamos uma distância margem-reflexo de cerca de dois milímetros no lado esquerdo, enquanto o lado direito tinha três milímetros. Apesar de não haver queixas sobre o olho direito, ele já apresentava sinais de uma ptose mínima. Além da diferença na margem-reflexo, notamos uma maior exposição da placa tarsal em ambos os olhos, especialmente no esquerdo.

O paciente não apresentava outras alterações significativas: o supercílio estava bem posicionado, sem excesso de pele ou bolsas de gordura. Realizamos o teste de fenilefrina no olho esquerdo, que foi positivo. Com isso, a distância margem-reflexo aumentou para cinco milímetros, indicando que a conjuntiva-Müllerectomia seria uma boa opção cirúrgica para o caso.

Esse teste também revelou uma ptose mínima no olho direito, que anteriormente já suspeitávamos. Nessa altura, expliquei ao paciente que ele apresentava uma ptose bilateral assimétrica – mais pronunciada no olho esquerdo, mas também presente no direito. Desta forma, propus uma cirurgia bilateral, pois caso contrário, a ptose do lado direito ficaria mais evidente após a correção apenas do lado esquerdo.

Durante o planejamento, observei as imagens do antes e depois do teste de fenilefrina, e a diferença foi clara: o aumento na margem-reflexo e a menor exposição da placa tarsal eram evidentes. Optei por uma conjuntiva-Müllerectomia bilateral, sem remoção de pele, com toda a cirurgia feita pela parte interna da pálpebra, evitando cortes externos.

No sétimo dia após a cirurgia, o paciente apresentava inchaço e hematomas leves, mas já com uma notável abertura dos dois olhos. No décimo primeiro dia, a melhora foi ainda mais evidente, com menos inchaço e uma abertura ainda maior das pálpebras, além de um contorno mais harmonioso em ambos os olhos.

Esse caso ilustra a importância de um exame oftalmológico cuidadoso em casos de ptose adquirida, para descartar causas neurológicas e planejar corretamente a cirurgia. Identificar uma ptose bilateral antes da cirurgia foi fundamental para evitar a necessidade de um segundo procedimento no olho direito.

Caso 2: Ptose Mecânica, importância da boa avaliação e planejamento cirúrgico adequado no diagnóstico de doenças sistêmicas

Agora, compartilho com vocês um caso complexo de ptose palpebral em uma paciente de 50 anos, que ilustra bem a importância de uma avaliação oftalmológica cuidadosa, aliada a testes diagnósticos e exame histopatológico, para alcançarmos não só a correção funcional e estética, mas também o diagnóstico de condições sistêmicas.


Há cerca de três anos, essa paciente percebeu uma queda progressiva da pálpebra superior do olho esquerdo. No primeiro atendimento, realizamos um exame oftalmológico completo, incluindo avaliação de acuidade, inspeção do aparelho palpebral e solicitei testes neurológicos — fundamentais para descartar causas mais graves, como neuropatias ou miopatias.

Para planejar o tratamento cirúrgico da pálpebra caída em adulto, apliquei o teste da fenilefrina no olho esquerdo. Antes, a distância margem‑reflexo medial mostrava-se reduzida, com o sulco palpebral “escondido”. Após a instilação, observei aumento da distância margem‑reflexo e melhora da simetria em relação ao lado direito, indicando que uma conjuntivomullerectomia (via interna) seria a técnica mais adequada, sem necessidade de incisões externas.

No intraoperatório, inverti cuidadosamente a pálpebra superior de ambos os olhos para inspecionar o tecido conjuntival e o músculo de Müller. No lado direito, tudo estava preservado. Já no lado esquerdo, identifiquei uma lesão amarelada com aspecto tumoral gorduroso, ocupando toda a extensão palpebral, porém sem aderências profundas. Aproveitei então a mesma abordagem cirúrgica para:

1. Ressecção da lesão e envio imediato para exame histopatológico.
2. Mullerectomia, ajustando a altura da pálpebra.
3. Reconstrução cuidadosa da conjuntiva e placa tarsal.

Como especialista em Ptose Palpebral, utilizei anestesia local, alta no mesmo dia e lente de contato terapêutica — retirada junto com os pontos em cerca de 14 dias — para garantir conforto e cicatrização ideal. No pós‑operatório, orientei repouso com cabeceira elevada, compressas frias, pomada e colírios antibióticos e lubrificantes.

Seis meses após a cirurgia, a paciente apresentou excelente correção: a MRD1 aumentou de forma estável, a assimetria desapareceu e o sulco palpebral reapareceu. O laudo anatomopatológico confirmou amiloidose palpebral, o que motivou imediatamente uma investigação sistêmica para avaliar possíveis depósitos em outros órgãos.

Caso 3: Ptose palpebral: testes importantes pré-operatório e resultados esperados no pós-operatório

Alguns testes que realizamos durante a avaliação de pacientes com queixa de ptose palpebral. Também vou compartilhar algumas orientações importantes sobre os resultados esperados no pós-operatório dessa cirurgia.

Um dos testes fundamentais é o da função do músculo levantador da pálpebra superior. Nele, a gente segura a testa do paciente, pede que ele olhe para baixo, posiciona uma régua e, em seguida, solicita que olhe para cima. Assim, observamos o quanto essa pálpebra consegue se elevar. No lado comprometido, geralmente vemos uma elevação de cerca de 5 mm, enquanto no lado saudável ela sobe em torno de 11 ou 12 mm.

Esse teste, associado ao histórico clínico, é essencial para definirmos a melhor técnica cirúrgica para a correção da ptose.


Outro exame importante como especialista em ptose palpebral é o teste da fenilefrina, que eu costumo comentar bastante. Fazemos uma imagem antes e depois do teste — geralmente identificamos a imagem pós-teste com alguma marca. Pingamos uma gota da medicação no olho mais fechado (ou no olho que apresenta a queixa principal), aguardamos alguns minutos e avaliamos o quanto a pálpebra se elevou. Observamos também se houve mudança na posição do supercílio e no aparecimento da prega palpebral.

Essa avaliação da Pálpebra Caída em Adulto também é útil para entender se a ptose é realmente unilateral. Às vezes, o paciente relata que o problema está apenas de um lado, como no caso de uma ptose congênita do olho direito. Mas, após aplicar a fenilefrina, percebo que o outro lado também pode estar levemente caído. Nesses casos, levanto a pálpebra com o dedo e observo se ela acompanha. Se identifico uma ptose oculta, isso muda o planejamento: ao invés de operar apenas um lado, planejamos a correção bilateral.

No pós-operatório, é importante orientar que é comum o lado operado apresentar alguma dificuldade para fechar completamente o olho. Esse paciente, por exemplo, operou apenas o lado direito, e essa imagem é de um mês após a cirurgia. Observem que o fechamento desse lado ainda está um pouco alterado — e isso é esperado. Nos primeiros dias, essa dificuldade pode ser ainda maior, mas tende a melhorar com o tempo. Em alguns casos, indico o uso de lubrificação noturna para proteger o olho durante esse período.

Dependendo da gravidade dessa abertura, pode ser necessário até rever a técnica cirúrgica usada. Por isso, reforço sempre que esse é um resultado esperado e temporário.

Outra mudança comum no pós-operatório, que vejo como especialista em ptose palpebral, é a pálpebra ficar ligeiramente mais curta quando o paciente olha para baixo. Se compararmos o pré e o pós-operatório de um mês, é visível que, antes da cirurgia, a pálpebra descia mais. Isso também faz parte do resultado da correção e deve ser antecipado ao paciente.

Por fim, destaco a importância de planejarmos bem a construção da prega palpebral. Neste caso, por exemplo, antes da cirurgia, o paciente não tinha essa prega definida. Após o procedimento, confeccionamos essa estrutura, o que contribui para um resultado mais harmônico e estético. Avaliar e planejar a prega palpebral é um passo importante para o sucesso da cirurgia de correção da ptose.

Agende sua consulta para avaliação da ptose palpebral, no bairro de Perdizes, em São Paulo.