Como oftalmologista, eu tenho um compromisso com a saúde visual dos meus pacientes. Hoje, quero conversar com vocês sobre uma condição oftalmológica séria que frequentemente encontro em minha prática clínica: o glaucoma.

O glaucoma não é apenas uma doença; é um grupo de doenças que afetam o nervo ótico, frequentemente associadas a um aumento da pressão intraocular. Quando penso no olho, gosto de compará-lo a um balão cheio de um líquido chamado humor aquoso. Em um olho saudável, esse líquido é continuamente produzido e drenado. No entanto, no glaucoma, essa drenagem é inadequada, levando a um aumento da pressão, que por sua vez pode causar danos progressivos ao nervo ótico e resultar em perda visual.

glaucoma

Dados sugerem que o glaucoma afeta mais de 60 milhões de pessoas em todo o mundo e é uma das principais causas de cegueira irreversível. A doença pode ser hereditária e é mais prevalente em pessoas negras, orientais e idosos. Segundo estudos, a prevalência do glaucoma em afrodescendentes é até seis vezes maior do que em caucasianos, e o risco aumenta significativamente após os 40 anos.

Como médica, acredito firmemente que a prevenção e a educação são fundamentais. Exames oftalmológicos regulares são essenciais, especialmente para indivíduos em grupos de risco. Mantendo um calendário de consultas e seguindo as recomendações médicas, podemos prevenir ou retardar a progressão do glaucoma. Além disso, aumentar a conscientização sobre esta doença pode levar a diagnósticos mais precoces e tratamentos mais eficazes.

Sintomas

Inicialmente, o glaucoma é insidioso e pode não apresentar sintomas evidentes. Com o tempo, a pessoa pode começar a notar uma perda de visão periférica. Essa perda pode se estender, reduzindo gradualmente o campo visual até que, em estágios avançados, a visão se assemelhe a olhar por um tubo. Esta condição impacta significativamente a qualidade de vida, dificultando atividades diárias e aumentando o risco de quedas e acidentes.

Diagnóstico

No meu consultório oftalmológico no bairro de Perdizes, em São Paulo, o diagnóstico de glaucoma inclui uma avaliação abrangente da saúde ocular do paciente. Isso envolve medir a pressão intraocular, inspecionar o nervo ótico e realizar testes de campo visual. Embora o glaucoma não tenha cura, o tratamento – que pode incluir colírios, medicamentos orais ou cirurgia – visa controlar a progressão da doença e preservar a visão existente. O acompanhamento regular é crucial, pois a adesão ao tratamento pode prevenir a progressão da doença.

Viver com glaucoma não significa perder a qualidade de vida. Com tratamento e acompanhamento adequados, muitos dos meus pacientes continuam a desfrutar de atividades diárias. É importante manter uma atitude positiva e proativa em relação ao tratamento e aos cuidados com a saúde ocular.

Como oftalmologista particular, digo que o glaucoma é uma condição desafiadora, mas com diagnóstico precoce e gestão adequada, é possível manter uma visão funcional e uma vida plena. Eu encorajo todos, especialmente aqueles com fatores de risco, a realizarem exames oftalmológicos regulares. Lembre-se, a detecção precoce e a prevenção são as chaves para proteger sua visão contra o glaucoma.
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